Ligia Bahia analisa como a saúde é tratada como mercadoria por planos privados; é o caso dos chamados “planos populares”, que cobram caro e oferecem pouca cobertura
Quem é mais velho deve se lembrar de um antigo medicamento chamado Melhoral. Era um verdadeiro sucesso de marketing, pois se dizia que era bom para todos os males. Mas não é preciso ser especialista na área para saber que não existe remedinho mágico. A professora Ligia Bahia retoma a metáfora do Melhoral para lançar luzes sobre o que muitos planos de saúde privados têm feito: tratado a saúde como mercadoria e vendendo o que não entregam. “São mercadorias que denominamos ‘Melhoral e copo d’água’, pois os clientes pagam mensalmente e quando precisarem terão que recorrer ao SUS”, destaca. “Os empresários da saúde estão querendo posar de reformadores do sistema de saúde e esse lugar não lhes pertence. Vender mais planos de saúde não é sinônimo de solução para um país como o Brasil, que está às voltas com imensos problemas de saúde”, acrescenta.
Palavras-Chave em Português
Planos Privados | Saúde Suplementar | Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) | Sistema Único de Saúde (SUS)